quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Feliz 2011
Em 2011 faça a sua parte: participe, coopere, colabore, ajude...
Ajude a somar esforços e boas atitudes;
Ajude a unir esperanças e sonhos;
Ajude a integrar experiências e ações sustentáveis.
Em 2011 ajude a vida.
Através da Pastoral da Ecologia você pode ajudar a construir uma rede de solidariedade com a criação de Deus.
Um abraço da Coordenação da Pastoral da Ecologia
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Pastoral da Ecologia: uma rede de solidariedade com a vida
A Pastoral da Ecologia não quer ser um peso estrutural na vida da Igreja e não deve ser um setor, uma organização limitada a apenas uma igreja específica. O ecumenismo é marca original da Pastoral da Ecologia, por isso esta é uma pastoral ecumênica e não pode funcionar dentro das estruturas de uma igreja. Para ser uma pastoral organicamente aberta ao ecumenismo, ela não pode estar engessada numa estrutura de igreja. Ao longo desses anos (10) de tentativa de construir uma pastoral como todas as outras, descobrimos que a Pastoral da Ecologia não precisa ter uma estrutura eclesial e hierárquica. Esta nova pastoral é, simplesmente, uma rede de Grupos Ecológicos de Base em sintonia, em comunhão, formando uma rede de solidariedade com a vida.
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em menu nome, Eu estarei no meio deles”, disse Jesus. Assim se constitui a Pastoral da Ecologia: as pessoas se reúnem na vizinhança, no bairro, na vila, na cidade, na paróquia, no clube, na fábrica, na escola, no sindicato, na rua ou em qualquer lugar. Quando um grupo se reúne em nome da fé vivida e anunciada por Jesus Cristo e por esta fé defendem a vida, aí pode começar a Pastoral da Ecologia. Um Grupo Ecológico de Base, pequeno ou grande, realiza seu trabalho em rede com outros grupos de perto ou de longe e isto é a Pastoral da Ecologia. Os grupos se apóiam e se ajudam mutuamente, também, em alguns momentos assumindo as causas uns dos outros. Isto é, pensar global e agir local, em rede, como é a teia da vida que Deus criou.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Capacitação de “Agentes de pastoral socioambiental”
V Seminário Estadual da Pastoral da Ecologia
Capacitação de “Agentes de pastoral socioambiental”
Cristãos e cristãs, do mundo todo, cada vez mais nos sentimos desafiados a somar esforços em ações de solidariedade com a vida do planeta. Inúmeras experiências concretas existentes nas comunidades nos ensinam e mostram caminhos e alternativas para o nosso engajamento concreto nas questões ambientais e ecológicas. E a nossa fé nos fortalece na missão de cuidar e preservar a vida criada por Deus. Por isso, precisamos ter a coragem e ousadia de construir uma rede de solidariedade em defesa da vida. Sabemos que, pela lógica da natureza criada por Deus, tudo está interligado e interelacionado com tudo. E a vida acontece e evolui na interdependência dos diversos seres. A criação de Deus é uma teia, uma rede de cooperação e solidariedade. E é nesta lógica de cooperação e solidariedade que podemos fazer nossa parte, como seres humanos, para preservar a vida e permitir sua salutar evolução.
Precisamos nos encontrar para trocar ideias e experiências, partilhar conhecimentos que nos ajudem a compreender sempre melhor a realidade da vida e assumir compromissos de fé e amor com a obra de Deus.
Por isso, a Pastoral da Ecologia do Regional Sul III da CNBB programou o seu 5º Seminário Estadual para capacitação de “agentes de pastoral socioambiental”, que será dia 27 de novembro das 08h30min até as 16h30min, na sede da CNBB em Porto Alegre. O encontro é aberto a todas as dioceses, paróquias, comunidades, grupos e pessoas que desenvolvem e/ou pretendam desenvolver um trabalho ambiental.
Sabemos que a origem da palavra “seminário” é do latim, “seminarium”, que se refere a um “viveiro de plantas”, proveniente de “seminare”, “semear”. Por isso, a Pastoral da Ecologia, desde o início, optou por promover seminários, encontros que são sementeiras, viveiros de plantas onde as ideias e experiências se multiplicam, fortalecendo o compromisso com a vida.
O 5º Seminário da Pastoral da Ecologia vai acontecer sob o método Ver-Julgar-Agir, com o objetivo de ajudar na capacitação de agentes de pastoral socioambiental. Pois, além de olhar para a realidade, também vamos poder trocar experiências, conhecer testemunhos de vida e buscar luzes na Palavra de Deus para assumir nossa missão de solidariedade com toda a criação de Deus.
V Seminário Estadual da Pastoral da Ecologia
Data: 27 de novembro de 2010 – Horário: das 8h30min até as 16h30min
Local: CNBB Sul 3 – Av. Cristóvão Colombo, 149 - Porto Alegre – RS (51) 3225.8483
Sinta-se convidado a participar e convidar outras pessoas e trazer suas ideias e experiências para semear neste 5º Seminário da Pastoral da Ecologia
Confirme sua presença pelos telefones: 51 85463317; 51 98995706
Ou pelo e-mail: pastoraldaecologia.rs@gmail.com
Coordenação da Pastoral da Ecologia – CNBB Sul III
www.pastoraldaecologia.blogspot.com
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Serra expulsa padre da missa
O comando da campanha de Serra mandou rodar um panfleto onde dizia “grandes motivos para não votar em Dilma”. O texto acusa a candidata de ter se envolvido com as FARC, de ser favorável ao aborto e de envolvimento em casos de corrupção na Casa Civil - Isso tudo já desmentido até pelos juristas e a própria mídia.
O padre pediu que os políticos presentes não atrapalhassem o objetivo principal da cerimônia, que era a veneração a São Francisco, e falou que eram mentirosos os panfletos que circulavam na igreja afirmando que a candidata petista, Dilma Rousseff, era a favor do aborto e tinha envolvimento com grupos terroristas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Pediu para os fiéis não se enganarem, pois aqueles panfletos não eram feitos a pedido da igreja e não era coisa de Deus.
Bastou isso para o Jereissati e Serra tomarem o microfone da mão do padre e nitidamente expulsá-lo da cerimônia, o padre precisou ser escoltado por fiéis, pois os militantes do Serra, a mando de Tasso queriam linchá-lo. Todos os fiéis que estavam na Basílica de São Francisco das Chagas, em Canindé, no Ceará deixaram o local frustrados com o episódio e jogando fora os volantes de votação e santinhos com a imagem de Serra que foram entregues a eles no início do culto.
Após pegar o microfone, com o tumulto já estabelecido o Tasso Jereissati, do PSDB, fez questão de criar um caos político dentro da Basílica, dizendo “esse é mais um padreco do povo, deve ser um petista” e que eram eles que estavam “causando problemas à igreja”. Serra sorriu ironicamente, tipo duvidando da fé dos católicos e pouco se lixando se estava ou não em um templo sagrado e começou a discursar em favor de sua campanha.
Abaixo coloco duas fotos do evento de hoje (16/10), gostaria que vocês olhassem com o coração e a fé cristã o rosto destes dois políticos citados, notem que o semblante não é de quem está no local para rezar, os traços não são do bem, pelo contrário, existe algo diabólico no olhar. Eu fiquei com medo, que Deus nos salve e que nos liberte dessas pessoas.
É este o presidente que queremos? Um truculento, autoritário que é capaz de expulsar um padre na hora da missa, apenas por não ser seu partidário? E nós imáginávamos que isso não acontecia mais no Brasil. Será que quem faz isso é do bem?
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Encontro de formação da Pastoral da Ecologia
Em breve informaremos os detálhes.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
'Não existe lixo. Tudo é nutriente’. Entrevista especial com Jacques Saldanha
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
1 ano da Vitória do Não!
CNBB é contra mudança no Código Florestal
Clique aqui e confira a nota da CNBB
(www.cnbb.org.br)
sexta-feira, 30 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Uma luta pelo banimento do amianto
sábado, 17 de julho de 2010
Aldo Rebelo nega aquecimento global
O texto de Márcio Santilli define como reacionárias e predatórias as propostas de mudanças no Código Florestal apresentadas por Rebelo no relatório aprovado pela comissão especial de deputados majoritariamente ligados à bancada ruralista.
Leia no site IHU Unisinos a reportagemcompleta e a íntegra da carta de Rebelo.
Fonte: IHU Unisinos:
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=34408
Foto: Engenharia Ambiental da Unifor
domingo, 11 de julho de 2010
Thomas Lewinsohn afirma que "as modificações no Código Florestal são perversas"
1. Surpreendeu a aprovação do texto que propõe mudanças no Código Florestal?
Foi uma certa surpresa, sim, porque eu tinha esperanças de que haveria bom senso por parte dos parlamentares. As modificações no Código Florestal são perversas.
2. Em que sentido?
O pior é o ponto que anistia a quem desmatou ao longo desses anos todos. Se o Congresso aprovar em plenária e o Executivo sancionar esse texto, estarão legislando de forma a dizer que o meio ambiente não é importante. Seria uma plena licença para detonar o patrimônio ambiental para garantir a expansão da economia.
3. Um dos argumentos do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é de que o Código Florestal atual prejudica o pequeno produtor.
Não sei se dizer isso é ingenuidade ou cinismo. Certamente quem mais será prejudicado pela licença para destruir será o pequeno produtor, que terá de conviver com degradação do solo, erosão, assoreamento. O grande produtor abandona a terra quando ela não é mais produtiva. O retrocesso é tamanho que vai acabar com a credibilidade da agricultura brasileira perante o mundo. Estamos à mercê de pessoas com a mesma mentalidade dos velhos barões.
Fonte: O Estado de S. Paulo
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Vigília pelo Código Florestal
"Iniciativas como a dos ambientalistas gaúchos são fundamentais para mostrar para a população o que está acontecendo em Brasília e como alguns deputados vêm destruindo o meio ambiente e ameaçando nosso futuro", destaca Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação. "Os brasileiros estão preocupados com seu patrimônio natural e não querem ver as leis ambientais destroçadas, mas muitas vezes nem ficam sabendo o que acontece no Congresso. Por isso essas mobilizações regionais são tão importantes", defende.
Contato: Adriane Bertoglio Rodrigues (51) 9813-1785 Christiane Telles (51) 8177- 4083
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Mudanças no Código Florestal é insegurança para vida.
Concluída a votação na Comissão Especial da Câmara, o substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que reforma o Código Florestal segue agora para o plenário da Câmara. Depois de aprovar por 13 votos a 5 o parecer, a Comissão rejeitou também todos os destaques apresentados ao substitutivo, encerrando assim a votação.
Diretoria da Contag que as principais propostas de alterações ao substitutivo do Código Florestal apresentadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) não foram contempladas. O Substitutivo ao Projeto de Lei nº 1.876 de 1999 de autoria do Relator, Dep. Aldo Rebelo, aprovado nesta terça-feira (06/07), optou por ignorar que existem duas agriculturas no Brasil: a patronal e a Agricultura Familiar.
Já os ruralistas festejaram o retrocesso do Código Florestal do Deputado Rabelo. O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, numa entrevista ao Estadão, considerou “um dos maiores avanços contemporâneos para o agronegócio do País” a aprovação, pela Comissão Especial da Câmara, do substitutivo que reformula o Código Florestal. Os ruralistas queriam ainda mais “liberdade” para explorar e degradar o meio ambiente.
Ramalho disse na entrevista que “existe uma guerra” entre ruralistas e ambientalistas. E para testemunhar sua postura agressiva contra quem defende o meio ambiente, ele disse que existe um “terrorismo dos ambientalistas”.
O substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que “reforma” (ou melhor, degrada) o Código Florestal Brasileiro segue agora para o plenário da Câmara onde está previsto para ser votado depois das eleições, antes de ir ao Senado.
Não ao Substitutivo do Código Florestal!
O Código Florestal (Lei nº. 4.771, de 15 de setembro de 1965) está baseado em uma série de princípios que respondem às principais preocupações no que tange ao uso sustentável do meio ambiente. Apesar disso, entidades populares, agrárias, sindicais e ambientalistas, admitem a concreta necessidade de aperfeiçoamento do Código criando regulamentações que possibilitem atender às especificidades da agricultura familiar e camponesa, reconhecidamente provedoras da maior parte dos alimentos produzidos no país.
www.mma.gov.br
http://global.org.br
www.brasildefato.com.br
segunda-feira, 5 de julho de 2010
IX Congresso da Pastoral da Saúde – RS
O congresso é também para visitadores, ministros de Eucaristia, Pastoral da Criança e outros serviços e pastorais que se envolvem com o social e a vida.
Saiba mais no blog das Pastorais da Igreja São Luiz de Canoas/RS:
www.saoluiscanoas.wordpress.com
Lançada em Canoas a 17ª Romaria das Águas
Leia mais no blog do Projeto Arroio Araçá: Nosso Rio Guri:
www.arroioaraca.blogspot.com
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Reunião da Pastoral da Ecologia
Av. Cristóvão Colombo, 149 - Porto Alegre – RS
Gravataí entrega Selo de Compromisso Ambiental 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
“O bisfenol A e a extinção dos homens”
Saiba mais na EcoAgência
quinta-feira, 3 de junho de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Encontro de CEB's: Comunidades Ecológicas e Missionárias
LEMA: "Mãe Terra Precisamos de Ti!"
Quando? entre os dias 22 e 23 de Maio de 2010
Onde? na Comunidade Santa Rita de Cássia, Bairro Florida- Paróquia Nossa Senhora da Paz, Vicariato de Guaíba.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Água é fonte de vida e não de lucro
O Dia Internacional da Água é celebrado em 22 de março e o ano de 2003 foi também instituído pela ONU como o Ano Internacional da Água. Isto é um reconhecimento oficial de que a água é um bem precioso para as nações e todos os povos da Terra. O dia 22 de março, bem como a semana da água, é um momento para se fazer alguma discussão sobre os diversos temas relacionados à água. Visto que a situação da água é bastante preocupante em todo o planeta, é preciso um momento de reflexão, análise, conscientização e busca de alternativas práticas para resolver os problemas que foram surgindo ao longo da história por causa de ações equivocadas do ser humano.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Quem são os políticos exterminadores do futuro?
O objetivo é divulgar quem são os políticos que não respeitam a legislação ambiental e o patrimônio natural do país para que a sociedade saiba quem eles são. O nome da campanha está relacionado à herança que estes representantes deixarão para população, afetando o futuro de todos com suas atitudes de hoje. Uma primeira lista será apresentada durante o Viva a Mata 2010, evento em comemoração ao Dia da Mata Atlântica (27 de maio), que acontece entre os dias 21 e 23, na Marquise e Arena de Eventos do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Os indicados nesta prévia poderão se manifestar e a lista final será apresentada ao público em julho, para que todos conheçam quem são os candidatos as eleições deste ano que ameaçam o futuro de todos. (sosmatatlantica.org.br)
A iniciativa foi recebida pelos ruralistas como uma "campanha intimidatória". A sessão de ontem da Comissão de Agricultura da Câmara transformou-se em uma sucessão de ataques a ambientalistas e ONGs do ramo. Classificados de "desocupados" e "paus mandados", os ambientalistas foram acusados de trabalhar pelos interesses da agricultura de países ricos. O recém-empossado presidente da comissão, deputado Abelardo Lupion (DEM-PR), ameaçou denunciar os parlamentares envolvidos na campanha no Conselho de Ética da Câmara. "É uma campanha nojenta", emendou o presidente da comisssão especial de reforma do Código Florestal, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). "É um movimento agressivo, difamatório, sem escrúpulos e de caráter eleitoreiro". (ihu.unisinos.br)
Existem, hoje, 36 PLs – projetos de lei no Brasil que propõem mudanças no Código Florestal para facilitar a exploração dos recursos naturais no país. Outros tantos PLs querem eliminar ou minimizar as exigências em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Florestal Legal, sem contar várias outras propostas políticas que visam amenizar a legislação ambiental brasileira para facilitar a exploração dos bens da natureza.
Entre no site e participe: www.sosma.org.br/exterminadores
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010
Uma das estratégias do CONIC é denunciar a perversidade do atual modelo econômico globalizado, que está centrado no lucro, sem se importar com a pessoa humana e a natureza. Outra estratégia é educar para a prática de uma economia de solidariedade, que se importe com a dignidade humana e a preservação do meio ambiente. Além de denunciar o modelo econômico e educar para outra economia, o CONIC também quer conclamar as Igrejas e as religiões e o conjunto da sociedade, através das organizações e movimentos populares, para promover ações sociais e políticas que ajudem a construir outro modelo econômico, com mais solidariedade e justiça para as pessoas e com sustentabilidade ambiental.
O Texto-base da campanha da Fraternidade defende a centralidade da vida e denuncia a realidade, colocando alguns dados que demonstram que o número de pobres é incontável nos dias de hoje. De acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a fome no mundo atinge 1,02 bilhões de pessoas. E o IETS, Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, confirma que no Brasil existem 10,7 milhões de indigentes e 43,6 milhões de pobres. As igrejas cristãs denunciam que a globalização e o desenvolvimento não resolveram o problema da justiça social. Trata-se de um desenvolvimento desequilibrado que promove consumismos e gera grandes desigualdades.
Para o CONIC, os pobres não devem ser tratados como simples destinatários da compaixão religiosa, mas devem ser os próprios sujeitos da transformação social. A Campanha da Fraternidade Ecumênica propõe a participação popular e a valorização dos movimentos sociais para construir um sistema econômico para todas as pessoas e sem exclusão. A Campanha também recorda que a Bíblia quer justiça para os pobres e o descanso da Terra.
A Campanha da Fraternidade do CONIC quer promover o ecumenismo e fortalecer a opção pelos pobres nas igrejas. E para isso, é preciso abandonar a competição entre Igrejas e viver a unidade na promoção da economia solidária, de compromisso social e a serviço da vida. A Campanha reforça a importância da Reforma Agrária como forma de promover a justiça social, produzir alimentos e preservar o meio ambiente.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Carta de Porto Alegre
Leia a Carta de Porto Alegre na íntegra no site do Mutirão de Comunicação
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Mutirão de Comunicação em PoA, de 3 a 7 de fevereiro
1ª oficina, dia 4 de fevereiro: Sala 712
2ª oficina, dia 5 de fevereiro: Sala 611
3ª oficina, dia 6 de fevereiro: Sala 607
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
FSM: "As Raízes Missioneiras nas Periferias Urbanas"
A oficina sobre as raízes missioneiras nas periferias urbanas vai ocorrer no dia 27 de janeiro, às 18 horas, no Parque Eduardo Gomes, Galpão 1, bairro Fátima, em Canoas/RS – Brasil. O objetivo é despertar as raízes históricas nos índio-descendentes Guarani nas periferias urbanas como elemento de mobilização e organização.
O evento fundante do Povo Gaúcho não está na presença dos portugueses e espanhóis e sim na experiência cristã socialista, de vida comunitária e de autentico espírito republicano nas Missões Jesuíticas Guarani. No território que hoje se compreende o Estado do Rio Grande do Sul, haviam sete povos perfeitamente organizados numa exemplar vida coletiva, sendo um deles – São Miguel, a capital – na época equivalente ao município de São Paulo.
Um acordo entre as coroas de Espanha e Portugal, o chamado Tratado de Madrid, pretendia, de forma prepotente e autoritária, reordenar os povos e as demarcações de terra. Descontentes com o tal tratado e cientes de que isso representaria o declínio de sua sociedade, os Índios Guarani resistiram o quanto puderam. Entre eles havia o líder Sepé Tiarajú, hoje reconhecido como santo popular e oficialmente como herói riograndense e herói nacional. Sepé liderou seu povo na luta até último suspiro guarani, mas tombou em combate numa emboscada, juntamente com inúmeros outros combatentes.
Com a morte de Sepé, em 7 de fevereiro de 1756, há quase 254 anos, os Guarani que sobreviveram acabaram se espalhando e muitos passaram a conviver com outros pobres descentes portugueses e espanhóis e foi acontecendo o fenômeno da miscigenação. Por isso, hoje, muitas famílias tidas como descendência espanhola e/ou portuguesa, são na verdade também descendentes dos Guarani das Missões Jesuíticas dos Sete Povos. E estes são os pobres que sobreviveram às margens da sociedade gaúcha.
Sendo vítimas do latifúndio, os descendentes Guarani foram migrando para as periferias urbanas. No entanto, não deixou de correr nas veias o sangue indígena Guarani. E estas raízes históricas, chamadas “Raízes Missioneiras”, dos índio-descendentes Guarani, com certeza influenciaram na vida social, na organização comunitária, na participação popular e na resistência dos pobres nas periferias urbanas, como é o caso das ocupações na cidade de Canoas/RS. O que também se pode dizer de toda a região metropolitana de Porto Alegre, onde se desenvolveram muitos processos de organização e participação popular.
Hoje é de fundamental importância despertar as raízes históricas nos índio-descendentes Guarani que vivem nas periferias urbanas, como elemento de mobilização e organização. Já na década de 70, o Irmão Marista, Antônio Cechin teve esta intuição e promoveu a Romaria da Terra, que teve sua primeira edição justamente no lugar onde Sepé Tiarajú foi morto em combate, o município de São Gabriel. A Romaria da Terra surgiu como uma ferramenta mística para embalar o povo na luta. Aí vieram as ocupações de terra, as CEB’s, o MST, a CPT e toda uma caminhada de organização e luta embalada pela mística de Sepé Tiarajú e os Índios Guarani.
Não foi uma coisa imposta, mas um despertar de algo que já presente presente no sangue dos índio-descendentes Guarani, sobreviventes nas periferias. Estas raízes históricas não podem ser sufocadas. Elas devem ser resgatadas para garantir a vida e a dignidade humana. É importante também frisar a dimensão ecológica na cultura Guarani e indígena, de um modo geral. Mais do que recordar em momentos de debate e reflexão, é preciso despertar no cotidiano a herança guaranítica nas comunidades como elemento de mobilização e organização.
Em nível de organização dos movimentos sociais, Irmão Antônio Cechin foi um dos pioneiros no resgate das raízes missioneiras. Por isso, Irmão Antônio é um dos nossos convidados para refletir esta temática juntamente com o músico missioneiro, o Índio Guarani Pedro Ortaça e o teólogo Luiz Carlos Susin, do Fórum Mundial de Teologia da Libertação.
Às 18 horas, inicia a oficina e a partir das 20 horas, com a presença dos participantes do Fórum de Teologia da Libertação, acontecerá o lançamento do livro “Empoderamento popular, uma pedagogia da libertação”. Publicado pela editora ESTEF, com a colaboração do Instituto Cultural Padre Josimo, o livro traz uma coletânea de artigos, palestras, escritos de Irmão Cechin que refletem uma caminhada dos últimos 50 anos, demonstrando o empoderamento do povo que venho se organizando através de uma pedagogia libertadora.
O livro “Empoderamento popular, uma pedagogia da libertação” vem para coroar uma trilogia de publicações ocasionada pela celebração de oitenta anos de vida de Ir. Antônio Cechin.
Programação (27/01/2010):
-18:00 Horas: Oficina “As Raízes Missioneiras nas Periferias Urbanas”.
-20:00 Horas: Lançamento do livro.
Local: Parque Eduardo Gomes, Galpão 1. Bairro Fátima, Canoas/RS. O evento também terá diversas apresentações culturais, como mostra de fotos, vídeos, músicas com artistas locais e a participação especial de Pedro Ortaça.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Pastoral da Ecologia no Mutirão de Comunicação
Oficinas da Pastoral da Ecologia no Mutirão de Comunicação da América Latina e Caribe – PUC-RS – Porto Alegre (03-07/02/2010)
1ª oficina, dia 4 de fevereiro:
Bíblia, Ecologia e Espiritualidade, numa Perspectiva Pastoral.
Assessoria: Pilato Pereira e Equipe da Pastoral da Ecologia.
Participação de Professor Brak
Coordenação: Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3.
2ª oficina, dia 5 de fevereiro:
Conhecendo o Aqüífero Guarani.
Assessoria: João Hélio Pés (UNIFRA)
Participação de Professor Eduardo Carion e Professor Francisco Milanez
Coordenação: Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3.
3ª oficina, dia 6 de fevereiro:
A Transversalidade da Ecologia nas Igrejas e o Diálogo Intereligioso.
Assessoria: Irmão Antônio Cechin, Padre Eduardo e Equipe de Coordenação da Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3 e outros convidados para apresentação de experiências de Igrejas e/ou Religiões.
Coordenação: Pastoral da Ecologia CNBB Sul 3.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Papa diz que "fracasso" em tratado climático arrisca paz mundial
Ambiente Brasil
O papa Bento 16, nesta segunda-feira (11), denunciou o "fracasso" do mês passado, na conferência de Copenhague, na obtenção de um novo tratado climático.De acordo com o papa, a paz mundial depende de "cuidar da criação de Deus".
Ele fez as declarações durante discurso anual a embaixadores credenciados pelo Vaticano, em ocasião voltada para destacar o que deve ser enfatizado pelo corpo diplomático desse Estado.
Bento 16 tem sido chamado de "papa verde" por frequentemente expressar preocupações sobre proteção ambiental, temática sobre a qual refletiu em suas encíclicas, viagens ao exterior, e recentemente em sua mensagem de paz anual, no 1º dia do ano.
Sob o olhar do papa, o Vaticano instalou células fotovoltaicas em seu auditório principal para converter energia solar em eletricidade e se juntou a um projeto de reflorestamento buscando cortar emissões de CO2.
Para o pontífice, é uma questão moral: a Igreja ensina que o ser humano precisa respeitar a "criação de Deus" porque ela é destinada para o benefício do futuro da humanidade.
Resistências - Deste modo, ele criticou a "resistência política e econômica" para lutar contra a degradação ambiental, exemplificada nas negociações para obter um tratado que sucedesse o Protocolo de Kyoto, de 1997.
"Confio que, durante o curso deste ano (...) será possível alcançar um acordo para efetivamente lidar com esta questão", disse Bento 16.
Ele não nomeou os países culpados por fraudar as negociações, mas ele listou como vítimas nações-ilhas que sofrem riscos com o aumento do nível do mar e a África, onde a batalha por recursos naturais, aumento da desertificação e a exploração desenfreada da terra já teriam resultado em guerras.
No entanto, o papa reiterou sua oposição às teorias que defendem o controle de natalidade como forma de combater a mudança climática. Bento 16 disse que não se deve "contrapor a salvaguarda do ambiente à da vida humana, inclusive à da vida antes do nascimento".
Ele também afirmou que o planeta "pode suficientemente nutrir todos os seus habitantes". (Fonte: Folha Online)
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
"Se Quiseres Cultivar a Paz, Preserva a Criação" (síntese parte 3)
por Dom Irineu Wilges, Bispo referencial da Pastoral da Ecologia da CNBB Sul 3
Continuando a síntese por artigos da Mensagem do Papa Bento XVI: "Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação" (continuação 3)
Continuando a síntese do Papa Bento XVI por artigos - 10. Para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra, é necessário uma “nova solidariedade”, uma “solidariedade global”. Isso se torna evidente entre a forte luta contra a degradação ambiental e a promoção humana integral. É preciso encorajar a ciência a fornecer soluções satisfatórias, entre elas está à pesquisa da grande potencialidade da energia solar. Encorajá-la a desenvolver a pesquisa também sobre a questão da água. É preciso procurar estratégias de desenvolvimento rural, centrado nos pequenos cultivadores; a elaborar políticas idôneas para a gestão das florestas e o tratamento do lixo. É necessário sair da lógica do consumo para promover formas de produção que respeitem a criação e satisfaçam as necessidades de todos.
A questão ecológica deve ser enfrentada não apenas por causa das pavorosas conseqüências, mas deve ser principalmente inspirada pelos valores da caridade, da justiça e do bem comum. A técnica nunca é simplesmente técnica, assim ela se deve inserir no mandato de cultivar e guardar a terra.
11. Diante da degradação ambiental torna-se indispensável uma real mudança de mentalidade, que induz a novos estilos de vida, nos quais o verdadeiro, o belo e o bom, a comunhão com os outros determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento. Deve-se educar para a paz a partir desta opção. Todos somos responsáveis pela produção e o cuidado da criação. É preciso que cada um se comprometa a não permitir que se imponham os interesses particulares. É preciso que a sociedade civil e as ONGs se empenham nesta sensibilização, de maneira especial a mídia, que deve propor modelos positivos. É necessário uma visão global, que deixando de lado a visão local, nacional, abraça a todos os povos. Neste contexto, alargado, é desejável que se apóie o esforço pelo desarmamento e um mundo sem armas atômicas.
12. A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação por isso sentem-se na obrigação de defender a terra, a água e o ar, dádivas do criador para todos e antes de tudo para o ser humano.Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente se não são ajudados a respeitar a si mesmos. O livro da natureza é único: ambiente e a ética. Encorajo por isso a educação para salvaguarda de uma autêntica “ecologia humana”, que afirma a inviolabilidade da família, onde se educa para o amor ao próximo e à natureza.
13. Não se pode esquecer o fato de que muitos sentem tranqüilidade e paz no contato com a beleza e a harmonia da natureza. Quando cuidamos da criação, Deus através dela cuida de nós. Uma visão correta impede absolutizá-la ou de considerá-la mais importante que a pessoa humana. A Igreja exprime perplexidade diante da concepção ecocentrista e biocentrista, que elimina a diferença ontológica e axiológica entre a pessoa humana e os outros seres vivos. A Igreja convida ao equilíbrio: o homem tem o papel de guarda e administrador da criação, sem abusar nem abdicar do mesmo. A posição contrária acaba num grave atentado à natureza e à dignidade humana.
14. “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação”. A busca da paz será facilitada pelo reconhecimento da relação indivisível entre Deus, os seres humanos e a criação inteira. Os Cristãos prestam a sua contribuição considerando o cosmos à luz da obra de Deus Pai e redentora de Cristo, que pela morte e ressurreição reconciliou com Deus todas as criaturas. Este concedeu à humanidade o dom de seu Espírito, que guia o caminho da história à espera do regresso glorioso de Cristo, inaugurando novos céus e nova terra, onde habitará a justiça e a paz para sempre. Assim proteger o ambiente e construir a paz é uma oportunidade de entregar às novas gerações um mundo melhor. Que os dirigentes das nações sejam cientes que a criação e a paz estão interligadas. “Por isso, convido a todos os crentes que elevem a sua oração a Deus, que seja acolhido e vivido o premente apelo: “Se quiseres cultivar a paz, preserva criação”. Mensagem do Papa Bento XVI para o dia internacional da paz e da fraternidade universal, dia 1º de janeiro de 2010, dado no Vaticano, dia 08/12/2009.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
"Se Quiseres Cultivar a Paz, Preserva a Criação" (síntese parte 2)
por Dom Irineu Wilges, Bispo referencial da Pastoral da Ecologia da CNBB Sul 3
Continuando a síntese por artigos da Mensagem do Papa Bento XVI: "Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação" (continuação 2)
(5) Também não se pode avaliar a crise ecológica sem revisão do conceito do modelo de desenvolvimento, sem refletir sobre o sentido da economia e dos seus objetivos. Exige também a saúde da terra e reclama-o sobretudo a crise cultural e moral do homem. A humanidade precisa renovação cultural, precisa descobrir os valores que lhe darão o alicerce firme para a construção de um mundo melhor. As crises econômicas também são crises morais. Há uma interligação. Elas nos impõem a viver a sobriedade e a solidariedade como novas regras. É o único modo de sair da crise atual.
(6) O mundo não é fruto de um destino cego, mas procede da vontade livre Deus, que quis fazer as criaturas participantes de seu ser, de sua sabedoria e bondade. No livro do Gênesis lemos que Deus criou tudo o que existe e colocou o homem e a mulher no mundo, criados à sua imagem e semelhança, para encher e dominar a terra como administradores, em nome do próprio Deus.
No inicio havia harmonia, mas esta foi quebrada pelo primeiro casal que se recusou a se reconhecer como criatura. Eles pretenderam ocupar o lugar de Deus. Conseqüência foi que ficou perturbada a tarefa de dominar a terra. Gerou-se um conflito entre eles e o resto da criação. O ser humano deixou-se levar pelo egoísmo e tornou-se explorador da criação, e perdeu a consciência de ser administrador em nome de Deus. Assim também se tornou inimigo e destruidor da natureza, em vez de cultivar e guardá-la(Gn. 2,15).
(7) “Deus destinou a terra e com tudo o que ela contém para o uso de todos”(Vaticano II). Mas isso não está acontecendo. Há governos que se recusam a exercer um governo responsável.
Há um ritmo de exploração da natureza que põe em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais para a geração atual e futura. Há projetos econômicos com conseqüências negativas para a criação e a humanidade. Compete à comunidade internacional e aos governos nacionais protegerem o meio ambiente e o clima através de normas, tendo em conta a solidariedade devida a quantos moram nas regiões mais pobres da terra e às gerações futuras.
(8) O Papa acentua a solidariedade entre as gerações. De um lado somos herdeiros das gerações passadas e beneficiários, de outro lado não podemos nos desinteressar das gerações futuras. O que fazemos hoje tem conseqüência para o futuro de todo o planeta. O Papa lembra que o direito de propriedade não deve dificultar a destinação universal dos bens. Ele também renova o apelo para a solidariedade entre os indivíduos da mesma geração. A atual crise ecológica é da responsabilidade dos países industrializados, mas os países emergentes não estão exonerados de sua responsabilidade também.
(9) Uma das principais dificuldades a enfrentar são os recursos energéticos. Para isso é necessário que as sociedades tecnologicamente avançadas diminuam as necessidades, evitando o desperdício. É preciso promover energia com menos impacto ambiental e redistribuir os recursos energéticos.
Assim a crise ecológica se torna bênção de um novo modelo global de desenvolvimento. (Continua na próxima edição).
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
“Se Quiseres Cultivar a Paz, Preserva a Criação”
Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação.
Eu estava determinado a começar a publicar os próximos “Conversandos” sobre a Visita ad Limina a Roma, realizada pelos bispos do RS e SC de 26/11 a 10/12/2009, quando recebo via correio a Mensagem do papa sobre a conexão da paz com o meio ambiente. Li o texto, que é 20 de páginas, sem interrupção e disse: “Eu vou mudar o meu projeto, Além disso, estamos ainda sob o impacto da Conferência de Copenhagen sobre o clima. Por isso, pretendo fazer uma síntese em três “Conversandos” sobre a Mensagem do Papa. Ei-la:
(1) Para este 43º Dia Mundial da Paz , dia 1º de janeiro de 2010, o Papa Bento XVI dirige a todos os homens de boa vontade uma Mensagem que tem como tema: “Se quiseres cultivar a paz, preserva a Criação”.
Escreve o Papa, o respeito pela criação é de grande importância porque a criação é o principio e fundamentos de todas as obras de Deus. E a sua salvaguarda toma-se hoje essencial para a convivência pacifica.
São numerosos os perigos que ameaçam a paz: a guerra, conflitos, terrorismo, violações dos direitos humanos mas, não menos preocupantes são os perigos que derivam do desleixo e dos abusos em relação a Criação. Por isso, é indispensável que se renove a aliança entre o ser humano e o ambiente.
(2) Na Encíclica Caritas in Veritate, diz o Papa, pus em realce que o desenvolvimento integral humano está intimamente ligado ao ambiente natural, dádiva de Deus para todos, cuja utilização comporta uma responsabilidade comum para com a humanidade inteira, especialmente os pobres e as gerações futuras.
Esta noção de responsabilidade atenua-se quando a natureza e sobretudo o ser humano é visto como simples fruto do acaso ou do determinismo evolutivo. Mas quando se vê a Criação como dádiva de Deus á humanidade a nossa responsabilidade aumenta. “Que é o homem para que dele vos ocupeis?” (Sl 8, 4-5). O sol e as estrelas então também nos falam do Criador.
(3) Há 20 anos atrás o Papa João Paulo II no dia mundial da paz dedicou a sua Mensagem ao tema: ” Paz com Deus Criador, paz com toda a criação”. Nele nos recordava: A paz mundial está ameaçada também pela falta de respeito à natureza. E acrescentava que esta consciência ecológica deve ser favorecida.
Paulo VI – em 1971 – sublinhava: por motivo de uma exploração inconsiderada da natureza o homem corre o risco de destruí-la e destruir a si mesmo.
(4)De um lado a igreja evita de intervir em soluções técnicas especificas, de outro lado ela tem a convicção da necessidade de chamar vigorosamente a atenção para relação entre o Criador , o ser humano e a criação.
Em 1990 João Paulo II falava da crise ecológica, realçando o caráter prevalecentemente ético. É necessário uma nova solidariedade. Não se pode ficar indiferente diante do fenômeno das alterações climáticas, a desertificação, a perda da produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios, dos lençóis de água e a perda da biodiversidade, o aumento das calamidades naturais e o desflorestamento.
Como descurar os chamados prófugos ambientais? Como não reagir diante dos conflitos por causa do acesso aos recursos naturais.
Tudo isso, tem um profundo impacto sobre o direito á vida, á alimentação, á saúde ao desenvolvimento. (Continuaremos a nossa síntese no próximo Conversando)
*Dom Frei Irineu Sílvio Wilges, da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), é bispo na Diocese de Cachoeira do Sul e bispo referencial da Pastoral da Ecologia na CNBB Sul 3.
sábado, 2 de janeiro de 2010
O semeador saiu a semear... Nasceu a Pastoral da Ecologia
Das semeaduras do Reino brotam vida, germes de ética, responsabilidade e compromisso com a dignidade da criação de Deus. A Palavra de Deus semeada nos corações humanos, sempre foi germinando em serviços eclesiais, ações da Igreja em favor da Humanidade. Agora, portanto, germina uma planta chamada Pastoral da Ecologia. Esta plantinha, ainda frágil, se bem cuidada, vai crescer e produzir lindas flores e bons frutos. As sementes desta espécie estão se espalhando por toda parte, porque para o Semeador não existem fronteiras. Porém, nem todos os solos são suficientemente adequados para a semente germinar e crescer.
No entanto, sigamos nosso caminho sem resignação. Porque, de alguma forma, todas as sementes tem sua importância para a vida. Algumas sementes que caíram à beira do caminho servem de alimento para os pássaros. Outras que ficaram em terreno pedregoso, até chegaram a nascer e, mesmo sem crescer e sem produzir frutos, elas foram importantes para o equilibro da vida.
Também aquelas que foram sufocadas pelos espinhos tiveram a sua importância porque também mexeram com a terra. A Palavra de Deus nunca é em vão. Mesmo quando a Palavra não nos encontra como solo fértil e preparado, ela sempre promove alguma transformação em nossa vida.
Percebemos que nos últimos anos as Sementes do Reino fizeram germinar na vida da Igreja o compromisso com a salvaguarda da Criação. A Ecologia vem sendo assumida como um compromisso transversal na missão da Igreja. Ou seja, todas as pastorais, serviços e movimentos começam a se preocupar com a Ecologia. E em alguns casos também começam a desenvolver ações concretas em defesa do meio ambiente. E para fortalecer o compromisso da Igreja com a causa ecológica, é preciso uma pastoral específica de ecologia.
O Semeador saiu a semear... E nasceu a Pastoral da Ecologia. Vamos ajudá-la a crescer saudável, com a força do testemunho, do diálogo, da denúncia e do anúncio. Porque o primeiro passo da Pastoral da Ecologia é o testemunho de uma vivência ética e de responsabilidade com a defesa da vida humana e da natureza. Além do testemunho, é preciso viver e promover o diálogo com as igrejas, religiões e organizações e movimentos que também defendem a causa socioambiental – a defesa da vida. E neste tempo de desertificação, precisamos ser profetas e sempre denunciar os responsáveis pela degradação da vida. E quando denunciamos profeticamente, com a força da fé, com certeza temos uma Boa Notícia para anunciar. Denunciamos porque somos anunciadores do Reino.
Pastoral da Ecologia – CNBB Sul 3
www.pastoraldaecologia.blogspot.com